sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A CONTRATAÇÃO DE JARDEL

"O Jardel podia ter jogado mas entendemos que não devia jogar. Corria-se o risco de o jogador ter uma infelicidade num lance qualquer e depois questionava-se que o jogador teria tido um deslize e teria facilitado por já ser do Benfica. Penso que foi uma medida acertada"
Isidoro Sousa Presidente do SC Olhanense in Record

Tem-se comentado muito sobre o momento da contratação de Jardel pelo Benfica, logo no dia do jogo em que os encarnados iriam defrontar o SC Olhanense (Clube de Jardel) para a Taça de Portugal. Ainda por cima, quando o jogador estava convocado e por via do negócio foi desconvocado.

O processo só por si motiva interpretações diversas, nomeadamente pelo facto de interferir de forma directa ou indirecta no próprio jogo. Acima de tudo revela imprudência, porque se a ocasião era propícia para resolver um assunto que tinha tido alguns desvios de oportunidade, sempre haveria oportunidade para o resolver noutra ocasião. É que a ocasião faz o ladrão e o futebol desperta desconfiança.

Percebe-se a decisão de não jogar, não se percebe o momento da contratação. É o caso de ter ou não ter cão. Jorge Ribeiro falhou uma penalidade contra o Benfica porque já estava comprometido. Fábio Faria não jogou contra o Benfica porque já estava comprometido. Jardel não jogou contra o Benfica porque já estava comprometido. Ou seja, o problema está no “momento” da concretização dos negócios. Não basta ser, é preciso parecer.

Mais importante que isto tudo, é saber se vale a pena. Curiosamente, em todas as ocasiões em que isto sucedeu, o Benfica ficou a perder porque nenhuma das contratações resultou. Coincidências?

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