quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A INFLEXIBILIDADE DE PAULO BENTO

Tenho pena, mas a pena pode ser maior depois, por isso é melhor estar calado”.
Paulo Bento

Ora aí está uma atitude sensata de Paulo Bento. Como disse Scolari: “Paulo Bento está sempre pronto para uma briga…”; mas tem que pesar as consequências das suas brigas. Certamente que Paulo Bento é muito mais severo com comportamentos e reacções dos seus jogadores do que consigo mesmo, não servindo portanto de exemplo. O técnico leonino é rigoroso, disciplinador e inflexível. No entanto, esquece-se que inflexibilidade não é nenhuma virtude.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

PRESIDENTE "ENTALADO"

O Presidente da República Cavaco Silva decidiu esclarecer o caso das escutas e acabou por não esclarecer coisa nenhuma. Pior, colocou a descoberto as relações entre a Presidência e o Governo.

Desta vez, o Presidente sentiu necessidade de esclarecer a sua isenção em relação aos partidos e justificar algumas ambiguidades. Na verdade, não foi uma intervenção feliz, principalmente porque se preocupou apenas em desculpar-se perante os sociais-democratas e se esqueceu de avaliar o resultado das eleições e as fragilidades que o futuro reserva.

O Presidente tem o direito de se defender sobre qualquer tentativa de desvio da conduta que o próprio estabeleceu para o seu consulado. Não há dúvidas sobre as pressões e insinuações. No entanto, do presidente da república esperam-se intervenções de maior significado e responsabilidade.

Para mim, alguém se “embrulhou” neste caso das escutas e “entalou” o Presidente, que não soube lidar com o assunto. No fundo, não duvido que escutas houvesse, mas depois de levantada a poeira, alguém tivesse ficado sem provas para resolver o imbróglio.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

CARLOS CARVALHAL "BAILOU"

Carlos Carvalhal deixou o Marítimo. Sinceramente, a maior surpresa foi ter sobrevivido até aqui. Como já referi diversas vezes, Carvalhal é um técnico com uma boa imprensa mas apenas isso.

VENCEDORES E DERROTADOS CLAROS


Mesmo considerando as flores e os factos que se possam acrescentar, objectivamente, as legislativas elegeram dois vencedores claros: José Sócrates e Paulo Portas. Considerando as expectativas, todos os outros perderam

Curiosamente numa eleição em que todos melhoraram face a 2005, excepção feita ao PS (45,03% para 36,56%), José Sócrates vence um acto eleitoral que já considerava perdido. Foi vencer mesmo perdendo.

O CDS - Paulo Portas (10,46%), um dos grandes derrotados nas últimas legislativas, subiu a pulso e atingiu os dois dígitos, vencendo sondagens e desprezos, assegurando o pódium dos maiores partidos nacionais e da mesma forma uma posição privilegiada no estádio da Assembleia e no cenário politico.

O PSD (29,09%) também fez melhor, mas perdeu claramente nos objectivos, nomeadamente após a vitória nas europeias. Claramente, o PSD perdeu por falta de liderança, quando reunia condições para recuperar o poder. Uma derrota significativa perante as possibilidades.

O BE (9,85%), apesar de um crescimento excepcional duplicando o número de deputados, foi um dos grandes derrotados, face aos objectivos estabelecidos. O Bloco cresceu demasiado depressa e desafiou o seu próprio crescimento. Um partido de correntes diversas e contra corrente tem naturalmente limitações.

A CDU (7,88%), foi seguramente derrotada na lógica de crescimento e não só.

Merece referência que o PCTP/MRPP foi a 6.ª força política com 52.633 votos e 0,93%.

Clarificando, nada de novo e tanta coisa nova, num país virado para o centro -esquerda. Uma última nota: a votação castigou o bloco central (PS/PSD) que não conseguiu atingir os 70% dos votos globais, regra até agora e que tem significado extra.

domingo, 27 de setembro de 2009

AS PRAXES CONDENADAS

Como estamos em época de praxes, convém recordar que o Tribunal Cível de Famalicão responsabilizou a Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão pela morte de Diogo Macedo, um jovem estudante de 22 anos que era frequentemente alvo de praxes por parte da tuna académica a que pertencia. O Tribunal condenou a Universidade a indemnizar a família do jovem morto em 2001, em 90 mil euros.

As praxes têm simbologia própria, no entanto a tradição tem sido prejudicada pelos excessos e pelo desprezo de valores individuais que todos devem ver respeitados. A humilhação, a violência e os abusos não têm nada a ver com as praxes, mas sim com aqueles que a aplicam.

PAULO BENTO E A ARBITRAGEM

"... Quem como eu jogou durante 15 anos à bola conhece-os a todos e sabe como os árbitros fazem as coisas".
Paulo Bento

O Sporting CP tem problemas para resolver. Para além das dificuldades financeiras, das vias de recuperação e do momento da equipa, tem Paulo Bento e a Arbitragem. É por demais evidente que Paulo Bento e a arbitragem têm feridas abertas e ninguém pretende abdicar das causas. O Sporting castiga a arbitragem através de Paulo Bento, a arbitragem castiga Paulo Bento através do Sporting. Pode ser inédito, mas há a possibilidade da arbitragem conduzir um processo de despedimento de um treinador.

É DIFICIL "TRAVAR" ESTE BENFICA

O SL Benfica recebeu e venceu o Leixões por 5-0. Nova goleada encontrada em caminhos que o Leixões desbravou e que o Árbitro João Capela completou (ainda que não tenha assinalado 2 grandes penalidades a favor dos encarnados). Uma atitude demasiado rigorosa da equipa de arbitragem penalizou uma atitude agressiva do Leixões e abriu caminho para uma vitória tranquila da equipa de Jorge Jesus.

O SL Benfica está, realmente, muito forte e provoca nos adversários diversos tipos de estratégia de anulação e pouco mais. Neste momento, e até que seja quebrado o “feitiço”, todas as equipas nacionais que se aprestam a jogar com o Benfica, apenas pensam em perder por poucos.

Neste jogo, contra 11, contra 10 e contra 9, o SL Benfica apresentou a mesma dinâmica, a mesma atitude e a mesma vontade, diferenciou apenas a resistência que o número pôde oferecer.

DUELOS EM QUE TODOS PECARAM

O FC Porto recebeu e venceu o Sporting CP por 1-0, no regresso de Hulk e no “momento” de Polga. Um clássico repartido em que todos podiam ter feito um pouco melhor.

FC Porto: A equipa de Jesualdo Ferreira não conseguiu disfarçar a importância do encontro e o factor “casa” teve uma importância suplementar. Hulk regressou aos grandes jogos mas não teve acompanhamento. O FC Porto conseguiu ser forte, apenas no início de cada parte e ofereceu pragmatismo no resto.

Sporting CP: A equipa de Paulo Bento esteve á altura do clássico, reagiu e assumiu o jogo no final de cada parte. O sistema e a equipa precisam e precisaram de eficiência nas bolas altas em termos defensivos e de eficácia na concretização das oportunidades criadas. Liedson, sempre Liedson, incomoda como poucos mas não resolve por todos. Determinadas opções de Paulo Bento podem e devem ser questionadas.

Arbitragem: Duarte Gomes não teve influência directa no resultado. No entanto, não se livra da acusação de dualidade de critérios (a questão dos amarelos e avaliação de faltas, nomeadamente as relacionadas com Raul Meireles). Por outro lado, a falta sobre Hulk que conduziu ao golo do FC Porto, que quanto a mim não existiu, obedece ao critério do árbitro e portanto discutível, mas não decisivo. Depois há um lance de Liedson com Bruno Alves em que qualquer decisão mereceria discussão.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

BRUNO CARVALHO

O Tribunal Cível de Lisboa deu razão a Bruno Carvalho, mas este decidiu retirar a providência cautelar devido ao “superior interesse do Benfica”. Manuel Vilarinho que tinha provocado o incidente de nulidade e manteve a data e o acto eleitoral saiu derrotado, mas safou-se das consequências.

Bruno Carvalho pretendia que a lista de Luís Filipe Vieira não fosse a votos por violação dos estatutos.

Uma atitude que os benfiquistas devem reconhecer, mas que também teria efeitos contrários nas intenções de Bruno Carvalho, considerando o momento que a equipa atravessa. Se o cenário fosse outro…

PROVOCAÇÃO IRRESPONSÁVEL

Não acho piada a esta preocupação enraizada no futebol português em saber quais os árbitros nomeados para cada jornada. No entanto, a Comissão de Arbitragem nomeou Duarte Gomes para arbitrar o clássico FC Porto vs Sporting CP e aqui o caso muda de figura. Vítor Pereira com toda a certeza ponderou a escolha, mesmo tendo conhecimento do litígio que ainda separa o árbitro do Clube leonino, o que é pior. É sem dúvida um acto de provocação que confirma a temperatura entre a arbitragem e Paulo Bento.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

SEMPRE EM ESFORÇO

O Sporting CP recebeu e venceu o SC Olhanense por 3-2. Uma equipa jovem e irreverente assustou Alvalade quando chegou a 2-0. Depois do avanço, a equipa de Paulo Bento teve que correr atrás do prejuízo e lá chegou à vitória com uma penalidade inventada por uma arbitragem irregular que entrou em compensações.

O Olhanense acusou alguma inexperiência apesar de tentar jogar sempre longe da sua área. Nos momentos de aperto confirmou-se alguma atrapalhação e nervosismo que condicionaram a produção final.

O Sporting voltou a apresentar-se sem chama, sem qualidade de jogo, sem explosão. Muitos sub-rendimentos, muito esforço e poucos a fazer sobreviver a máquina. Este Sporting é uma incógnita e a única coisa positiva foi ter conseguido uma reviravolta no resultado.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

TRANSPIRAÇÃO AO INVÉS DE INSPIRAÇÃO

O SL Benfica arrancou uma vitória em Leiria, frente à União, por 2-1. Uma vitória sofrida, mas incontestada, apesar de uma penalidade sujeita a apreciações várias. Perante mais de 22 mil espectadores, o facto de maior registo no jogo e que confirma a tese que o Benfica precisa de estar bem para gerar receitas ao campeonato, a equipa da União de Leiria armadilhou o jogo de forma a anular a superior capacidade técnica do Benfica. Neste momento, é difícil dominar a dinâmica do Benfica durante todo o tempo.

Benfica que acusou a disposição táctica da União e o facto da rotatividade imposta por JJ que, em determinados aspectos, desacelera a dinâmica que a sua equipa já impôs a si própria. Por outro lado, ninguém espera que ao longo do campeonato as equipas adversárias não elevem a fasquia de dificuldades, por maior conhecimento do futebol desenvolvido pela equipa de JJ.

Outro facto, é que o Benfica circulou, dominou, empreendeu, mas não conseguiu criar oportunidades de golo em conformidade com o jogo produzido. Este não foi seguramente o jogo referência, mas foi o jogo exemplo para os jogos que se adivinham.

domingo, 20 de setembro de 2009

O E-MAIL


Este é um e-mail que se transformou numa bomba, para rebentar nas mãos de quem ?

E VÃO 5 PARA O BRAGÃO

O Sporting de Braga recebeu e venceu o FC Porto por 1-0. A equipa de Domingos Paciência soma 5 vitórias em 5 jogos, soma valorizada pelo facto de já ter jogado com Sporting e Marítimo (Fora) e com o FC Porto (Casa). 5 vitórias que não significam apenas 15 pontos, mas também um armazém de motivação e confiança.

Neste encontro, vi uma primeira parte repartida, competitiva e entregue aos princípios tácticos estabelecidos por cada equipa. Na segunda parte, vi apenas Braga durante 20 minutos e FC Porto depois do golo. Vi também Alan marcar um golo que não esperava e Eduardo fazer duas defesas impossíveis na fase de descontos, em dia de aniversários.

O que não vi, foi um FC Porto capaz de comandar o jogo ou sequer fazer a gestão do mesmo. O que não vi, foi Hulk jogar o futebol que se previa. O que não vi, foi o FC Porto realizar uma acção ofensiva consistente durante 20 minutos da segunda parte. O que não vi, foi o FC Porto jogar para ganhar, com excepção do tempo em que procurou o empate.

Resumindo o que vi e o que não vi, o Sp. Braga venceu com toda a justiça e sofreu apenas para não empatar. Quanto ao FC Porto, acho que esteve lá.

sábado, 19 de setembro de 2009

OS CAMINHOS DE CAVACO

É evidente que Cavaco Silva tem as suas preferências, mas prefere ser um Presidente da Republica exemplar segundo os parâmetros que estabeleceu. Acontece que, por mais cuidado que tenha em não cair em vazios contraditórios e fazer prevalecer a figura de estado, não está a salvo das apreciações. Neste caso das “escutas” qualquer tomada de posição seria alvo de criticas. Qualquer uma. Acho que escolheu a melhor fuga... possível.

O DOPING APANHADO

O ciclismo está minado pelo doping e são poucos ou nenhuns os inocentes. Uma modalidade tão competitiva e exigente não tem impermeável contra o doping, muito antes pelo contrário. O problema sobra para aqueles que são apanhados e quando são apanhados. Ingénuos ou imprudentes. Nuno Ribeiro, que venceu a Volta a Portugal, Hector Guerra e Isidro Nozal, todos da Liberty Seguros, acusaram EPO/CERA num controlo surpresa efectuado no dia 3 de Agosto, dois dias antes de se iniciar a Volta a Portugal, onde também foram controlados mais dois corredores que deram negativo.

Nuno Ribeiro não consegue explicar o sucedido, mas tem de explicar a começar por si. O ciclismo e o desporto em geral começa a morrer, de morte lenta, por falta de credibilidade.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

SONDAGENS

A última sondagem realizada pela Universidade Católica revela um aumento na estimativa de resultados eleitorais para o PS, que sobe para os 38% e uma quebra do PSD para os 32%. O Bloco de Esquerda cresce um ponto percentual, para 12%, tal como o CDS-PP que fica agora nos 7%. A CDU perde um ponto percentual e desce para os 7%.

Siga!

VALEU A GESTÃO

É verdade que perdemos alguma qualidade de jogo, mas temos de lançar alguns jogadores e naturalmente é um risco. O Felipe Menezes entrou algo nervoso mas depois libertou-se, o Nuno fez um golo e o Júlio César esteve bem na baliza” (…) “Fiquei satisfeito por não termos sofrido nenhum golo, mas o Benfica nunca vai conseguir dominar durante os 90 minutos da partida e os adversários vão criar perigo. Uma grande equipa também tem de saber sofrer quando isso é necessário.”
Jorge Jesus

O SL Benfica recebeu e venceu por 2-0 o Bate Borisov da Bielorrússia, em jogo a contar para o Grupo I da Liga Europa. Uma vitória obrigatória em exibição pequena. O pragmatismo, com salpicos de qualidade, chegou para gerir a vantagem e somar os pontos necessários. Necessária e apoiada a gestão do plantel, mas numa equipa, onde todos querem jogar, Jorge Jesus não pode transmitir a ideia que tem jogadores favoritos. É difícil explicar a ausência de Shaffer e a titularidade de César Peixoto.

VALEU O ESFORÇO

Acabou por se manifestar a ordem natural das coisas. O Werder Bremen é uma equipa muito mais experiente, está num patamar diferente do Nacional e isso foi visível ao longo dos 93 minutos.”
Manuel Machado

O Nacional da Madeira recebeu e acabou por perder por 3-2 com os alemães do Werder Bremen, em jogo a contar para o Grupo L da Liga Europa. É colossal o esforço que o Nacional tem de disponibilizar para acompanhar as equipas que caíram no seu Grupo. No entanto, a organização colectiva e a capacidade de superação dos seus elementos conseguiram uma aproximação que quase travou o gigante alemão. A correr sempre contra o tempo, contra um adversário superior e atrás do resultado, o Nacional só foi traído pela qualidade de Pizarro.

VALEU LIEDSON

Estamos satisfeitos e os jogadores estão de parabéns, porque, por alguns momentos, produziram uma exibição com qualidade e, acima de tudo, mostraram boa capacidade mental para dar a volta ao momento adverso inicial” (…) “Devíamos ser mais maduros e experientes, até pelas dificuldades que já passámos ao longo desta temporada. Não valorizámos o trabalho e isso acabou por nos custar”.
Paulo Bento

O Sporting CP foi à Holanda vencer o Heerenveen por 3-2, em jogo a contar para o Grupo D da Liga Europa. A equipa leonina sente-se confortável no país das tulipas, mas, mau grado a evidente diferença de qualidade, conseguiu complicar em determinadas fases do jogo. Resolveu Liedson com um hat-trick, ultrapassando uma série de oportunidades desperdiçadas e disfarçando alguma inconstância na gestão do jogo.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

SILENCIAR AS ESCUTAS


"Os homens sem carácter não se associam por receio, porque não seriam sócios mas cúmplices."
Desconhecido
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A questão das “escutas” não é mais do que um artifício de salvação e um espelho que reflecte os contornos a que a própria justiça deve obediência.

Neste processo, nenhum dos acusados, castigados ou “escondidos” são inocentes. As escutas demonstraram e confirmaram as infracções, e fizeram o seu juízo, independentemente do juízo que pode resultar do malabarismo jurídico que as leis permitem.

Revoltante é verificar a forma descontraída e cínica como os infractores manipulam as inocências. Nenhum deles conseguiu desmentir, porque indesmentíveis, os conteúdos das escutas, mas conseguem sobreviver na “tábua” de um artifício que apenas confirma a culpa. Têm o descaramento de reclamar, não a inocência, mas indemnizações e recuperação de estatutos.

Nesta selva tudo é possível, e pergunta-se como se consegue deter a corrupção sem escutas ou denúncias (mesmo considerando que uma denúncia pode ser falsa e uma escuta não). Como se consegue deter a corrupção quando a própria lei denuncia vazios inexplicáveis. Como se consegue deter a corrupção quando as escutas são válidas para determinadas infracções e não o são para outras. Como se consegue deter a corrupção, quando a própria investigação não sabe qual o caminho a seguir. Como se consegue deter a corrupção, quando os juízos não conseguem ser uniformes.


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Foto: daqui

O CHERNE E AS SOLHAS

Durão Barroso foi reeleito pelo Parlamento Europeu (PE) para um segundo mandato de presidente da Comissão Europeia, com uma maioria absoluta de 382 votos a favor, 219 contra e 117 abstenções, que resultam em 53%. Em 2004, tinha obtido 58%.

No essencial, Durão Barroso contou com o apoio da direita europeia e de alguns portugueses. Dos socialistas, Durão Barroso captou 63 votos dos 185 votantes, apesar da linha oficial do grupo estar orientada para o voto favorável.

Quem não votou a favor e assumiu, tal como já tinha feito em 2004, foi Ana Gomes que não concorda com a política que Durão Barroso defende e, também, porque em 1999 a direita portuguesa não votou em Mário Soares para o mesmo lugar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

DIFERENÇAS

O FC Porto estreou-se na Liga dos Campeões com uma derrota, em Londres, frente ao Chelsea por 0-1. Postura competitiva, determinação e Helton não chegaram para impedir a derrota. Foi demasiado Chelsea e mesmo quando Jesualdo tentou desamarrar a equipa que tinha amarrado, viu-se muito esforço e poucos argumentos. Sempre existem diferenças, mesmo que se tente uma aproximação. Jesualdo fez tudo para não ser goleado novamente, medida contra a armadilha de Anceloti quando disse que o FC Porto não sabia jogar à defesa.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

CRISES LEONINAS

O Sporting SAD comunicou à CMVM um prejuízo de 13,349 milhões de euros, no exercício 2008/09, contra os 597 mil euros de lucros no exercício anterior. O Sporting viu os seus capitais próprios negativos agravarem-se de menos 2,595 milhões de euros em 30 de Junho de 2008 para 15,981 milhões de euros na mesma data de 2009. Os resultados operacionais passaram de um valor positivo de 2,563 milhões de euros no exercício de 2007/2008 para um resultado negativo de 9,391 milhões de euros no último exercício.

José Eduardo Bettencourt já deve estar a transpirar e até já se percebe os amuos e as mensagens em todas as direcções. Quando diz que não está arrependido, é óbvio que quer dizer o contrário.

Registo para o facto do exercício de 2008/09 assinalar um valor recorde de receitas de quotizações, que atingiram os 4,432 milhões de euros (um acréscimo de 11,5%). Situação que contradiz a crise de militância, já que evidencia mobilização para contribuir para a recuperação do clube.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

CARLOS AZENHA

Carlos Azenha é daqueles técnicos que sempre estiveram ancorados noutros, mas que sempre se exibiram como únicos. Em Setúbal concederam-lhe uma oportunidade, que agarrou com a arrogância de quem estava a fazer um favor ao Clube. Com o mesmo espírito promoveu uma revolução no plantel de um clube asfixiado pela incapacidade financeira e sem capacidade para contrariar. Após 4 jornadas a equipa não oferece qualidade para se fazer avaliações, nem estimativas, sucessivamente vergada pelas derrotas humilhantes. A força das circunstâncias exigem medidas de força e a solução passa pela revisão do acordo entre Azenha e Vitória. Acontece que Azenha, que sempre afirmou que não aceitou trabalhar no Bonfim por dinheiro e que tem conhecimento prático das limitações do clube, não prescinde dos seus honorários para aceitar desvincular-se. É um direito que lhe assiste.

BRAGA DE DOMINGOS SOMA E SEGUE

O Sp. Braga foi aos Barreiros vencer o Marítimo 2-1. “Candeia que vai à frente alumia duas vezes”. Facto primeiro o Braga de Domingos soma 4 vitórias em 4 jornadas, lidera o campeonato e reforça a confiança em cada jornada. Independentemente da forma, vencer nos Barreiros não é fácil e é mesmo uma barreira psicológica.

Facto segundo, Domingos Paciência está a encontrar as vias do sucesso, mesmo que prematuras, que cimentam as qualidades como técnico, em manifesto crescendo.

Resta saber que paciência terá o campeonato para a evolução de Domingos e que paciência restará depois… de tanta escalada. De qualquer forma, Domingos afirma-se como um valor seguro da nova geração de treinadores.

Registo para o Marítimo de Carlos Carvalhal que tal como qualquer equipa de Carvalhal, vai ao sabor das ondas à procura de um porto seguro. Registo, ainda, para o "susto" de Hugo Viana que parece não ter passado disso.

LIEDSON DISFARÇOU

O Sporting CP venceu o Paços de Ferreira, em Alvalade, por 1-0. Liedson marcou o seu golo 100 no campeonato e o Sporting foi na boleia para somar mais uma vitória. Paulo Bento tem uma “criança” complicada em mãos, mas, também, ainda não conseguiu descobrir os métodos adequados de correcção. Toda a construção leva tempo, mas o tempo suficiente. Este Sporting está a levar demasiado tempo a encontrar-se, principalmente porque não consegue impor a si próprio, as regras que pretende impor aos adversários.

O Paços de Ferreira entrou em Alvalade sem aceitar imposições e apenas substituições de necessidade condicionaram a tentativa de evidenciar as fragilidades e o momento leonino. Depois veio o recurso ao habitual: Anular ao invés de acrescentar.

Para valorizar, valeu o esforço dos jogadores leoninos para ultrapassar barreiras, mas sempre em esforço. É por demais evidente que toda a estratégia ou planeamento estabelecidos para a época, estão excessivamente condicionados por um início de época improdutivo, em que todos falharam, a começar por Paulo Bento.

domingo, 13 de setembro de 2009

LENÇOL CURTO PARA TANTO BENFICA

O SL Benfica foi ao Restelo vencer Os Belenenses por 4-0. Mentalidade competitiva, valores individuais, posse de bola, modelo pressionante e ofensivo, eficácia defensiva e um treinador que sabe o que quer, transformaram o Benfica numa equipa de capacidades evidentes.

Neste encontro o Belenenses tentou contrariar o que foi possível, mas levou um lençol muito curto, tanto por limitações próprias como por limitações impostas. Uma coisa é certa, o Benfica fartou-se de jogar e fartou-se de não deixar jogar o Belém.

OPERAÇÃO RELÂMPAGO

O FC Porto venceu confortavelmente o Leixões por 4-1. Entre tempos, uma vitória para cada lado, mas em condições diferentes. A equipa de Jesualdo, no regresso de Hulk, realizou uma operação “relâmpago” (4-0), na primeira parte, a pensar na I Liga e estabeleceu condições de normalidade (apesar do 0-1), na segunda parte, a pensar na Liga dos Campeões. Obviamente, que o Leixões também esteve no jogo, mas também em condições diferentes entre partes.

sábado, 12 de setembro de 2009

AFINAL A OMISSÃO FOI MAIS DENÚNCIA

Afinal, parece que a falsificação ou a omissão, foi mais ausência, falsificação e denúncias do próprio Benfica. As meias notícias originam desconfianças inteiras e a Comissão da Liga, desta vez, não completou o trabalho. Também defendo que uma condenação deve ser totalmente documentada e esclarecedora. Alguma coisa falhou que parece dar razão a alguns que defendem que ao castigar o FC Porto, a Comissão não perdoa ao Benfica. A interpretação depende da cor.

PORRA DO CONTADOR

Porra do contador que fez desaparecer uma "porrada" de visitas. Já eram poucas e foi quase metade.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

SEMENYA É O QUÊ?

Os exames ginecológicos a Caster Semenya concluíram que a atleta sul-africana é pseudo-hermafrodita. Os testes revelam que Semenya não tem ovários nem útero, mas tem testículos ocultos internamente.

Depois de ter acusado excesso de testosterona, os exames efectuados concluíram que Semenya não é sequer hermafrodita, mas sim pseudo-hermafrodita.

Um pseudo-hermafrodita só tem ou testículos ou ovários (gónadas de um único tipo) e os genitais externos pertencem aos do outro sexo. No caso de hermafroditas há simultaneamente tecido ovárico e testicular.

Mas que situação!?

BETTENCOURT SEM TRAVÃO DE MÃO

"Não temos hoje solidariedade nos órgãos sociais, nem o espírito de construção dos valores do Sporting que se deixou enredar numa teia complicada para o clube e para os sportinguistas"
José Eduardo Bettencourt

José Eduardo Bettencourt começou a marcar posições e a demarcar terrenos. Para já assumiu os pelouros de futebol, financeiro e comercial, devem faltar poucos mais. Acutilante, rodeou-se de Leões para criticar Leões de dentro, acusando alguns elementos dos órgãos sociais de falta de solidariedade. Para justificar medidas, deixa um alerta: “Se os problemas com que o clube se confronta não forem resolvidos agora, dificilmente o serão de vez”.

Está a começar o reinado Bettencourt.

8 ANOS DEPOIS DO 11 DE SETEMBRO

DELEGADO CASTIGADO

"Tal delegado presenciou, após o jogo, no túnel de acesso aos balneários e junto da equipa de arbitragem, comportamentos injuriosos de agentes desportivos e tais comportamentos lhe foram comunicados pela mesma equipa de arbitragem"
In Público

O delegado ao jogo do Benfica vs Nacional, da época anterior, foi castigado com 18 meses de suspensão, por falsificação ou omissão de factos no relatório ao jogo. Pois é. As competências influenciadas.

AS ORIGENS DA CRISE

Encontramo-nos no princípio do fim de uma crise financeira e económica de dimensão global. Importa, no entanto, fazer uma retrospectiva da sua origem, para enquadrar e facilitar a análise das causas e, bem assim, das medidas tomadas para diminuição do impacto na economia real…”
Nelson Tavares

Um artigo do amigo Nelson sobre o início da crise. Para ler aqui.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A ECONOMIA DOS POLITICOS

"Atrevo-me a pedir a extinção do IRC para as empresas que tenham vendas inferiores a 500 mil euros anuais".
Francisco Van Zeller

"O objectivo fundamental do combate à despesa pública só pode ser a possibilidade de baixar os impostos. Eu digo isto há muitos anos, há muito tempo. O meu combate à despesa não é para ter margem para fazer mais despesa, é para ter margem para baixar os impostos".
Manuela Ferreira Leite

É excessivo o peso dos impostos indirectos - 58 por cento das receitas fiscais do Estado -, nomeadamente o do IVA (33 por cento) (…) “a taxa deste imposto deve baixar de 20 por cento para 19” (…) “A redução da taxa geral do IRC de 25 por cento para 22,5 por cento para as micro empresas e o agravamento em 10 por cento da mesma taxa sobre os lucros empresariais superiores a 50 milhões de euros”.
Jerónimo de Sousa

"O Banco Central Europeu (BCE) considera que os Governos da zona euro devem “assegurar um regresso célere” às políticas de consolidação orçamental, melhorando as contas pública sem recorrer a aumentos de impostos e contribuições sociais".
In Público

Temos de reduzir a despesa pública para reduzir o défice e reduzir a dívida e vamos primeiro ter de nos concentrar neste esforço antes de poder baixar impostos” (…) "no actual contexto da economia mundial e da economia portuguesa, a questão fundamental não é a descida de impostos".
Teixeira dos Santos

O sistema de IRS é excessivamente complicado e agressivo do ponto de vista de escalões e taxas, tornando difícil a concretização de uma pessoa subir no seu trabalho"
Paulo Portas

"Vejo alguns que, quando estavam no Governo, agravaram o Pagamento Especial por Conta (PEC), mas agora transformam o PEC no seu principal inimigo, dizendo que o problema da economia portuguesa é o imposto que eles próprios mantiveram e até agravaram".
José Sócrates


Não há nada que enganar, está tudo dito.

BRANDI CARLILE e The Story

É só ouvir

COUCEIRO PERDE COM ILHAS FEROE

Couceiro já foi grande neste grupo, facto que promoveu diversos reconhecimentos e alguns resultados. No entanto, a Lituânia perdeu nas Ilhas Feroe por 1-2. É caso para perguntar: Mas quem é que perde para as Ilhas Feroe?

PESEIRO E ARÁBIA SAUDITA ESTÃO FORA

O Bahrain é menos consistente nas acções defensivas, mas, contudo, mais forte nos movimentos de contra-ataque”.
José Peseiro in A Bola

Há qualquer coisa de contraditório nesta observação. De qualquer forma, Peseiro conquistou todas as possibilidades, adiou as possibilidades todas… até as desperdiçar, sem perder. Os empates que condenam, desta vez com o Bahrain 2-2, depois de 0-0.

ESTÁ FEITO

Portugal cumpriu a sua obrigação e venceu na Hungria por 1-0. Sinceramente, a Hungria foi uma enorme desilusão e Portugal alinhou no calculismo. Não é difícil perceber as coisas:
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Portugal: Carlos Queiroz esperava grandes emoções porque esperava outra Hungria. Preparou a equipa para a intensidade e para o pragmatismo, mas saiu-lhe um adversário bem mais calculista que o esperado. Acrescente-se o facto de carregar o peso de não poder falhar que incentivou o calculismo e a prevenção de não cair em armadilhas. A selecção jogou o que a Hungria deixou jogar e não arriscou absolutamente nada depois de estar em vantagem. Venceu e o resto é conversa.
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Hungria: Talvez a exibição de Portugal na Dinamarca, juntando o resultado adverso com a Suécia e talvez limitações próprias, impusessem condições na abordagem ao jogo do seleccionado húngaro. A verdade é que a Hungria usou e abusou de um calculismo inesperado, procurou essencialmente jogar na anulação, para apostar tudo nos últimos 20/15 minutos finais para meter avançados e arriscar ganhar um ponto que fosse. Uma estratégia que apenas serviu para condicionar o jogo, mas que podia “queimar” Portugal.
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Carlos Queiroz ultrapassou mais uma etapa no desafio aos limites. Uma nota adicional: Duda é um ataque cardíaco constante.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ULISSES "DANÇOU" APÓS A 3.ª JORNADA

"Neste momento o que posso dizer é que o presidente pediu-me para cessar o vínculo que tínhamos em virtude de ter de tomar uma posição e entendeu que seria pela parte do treinador" (…) "Não é uma questão de estar triste. Tenho de estar sereno, consciente e confiante em relação àquilo que são estas situações da vida e mais nada do que isso. O presidente é soberano, responsável e eu também".
Ulisses Morais

"Por muito que me custe, a Naval está acima de tudo. Tinha que ser feita qualquer coisa, porque a Naval há muito que não ganha".
Aprígio Santos

Ulisses Morais é a primeira chicotada da época. Razões superiores do “mais vale agora do que mais tarde”. Ulisses que entrou em conflito directo com o plantel, não encontrou o apoio directivo que, por exemplo, Paulo Sérgio teve, na época passada, no Paços de Ferreira. Paulo Sérgio superou, enquanto Ulisses foi batido pelo cansaço das épocas. O resto é conversa e há mercado lá fora.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

HENRY REBENTOU

"Falo em nome do grupo. Há 12 anos que estou na selecção e nunca passei por uma situação destas. Não sabemos como jogar, onde nos colocar, como nos organizarmos. Não sabemos o que fazer. Não temos nenhum estilo definido, nenhuma directriz, nenhuma identidade”.
Thierry Henry

Tal como Portugal, a França também atravessa uma fase complicada, muito pela teimosia dos dirigentes que não souberam ou não quiseram “ler” os sinais que condenavam, há muito tempo, a liderança de Domenech na selecção gaulesa. Thierry Henry perdeu a paciência com a incapacidade instalada e simplesmente… rebentou. Isto apesar de insistirem nas aparências. Intrigante é a posição da Federação perante todos os cenários apresentados, pelo menos, desde 2008.

ATENTADOS NO FUTEBOL


Começa a ser preocupante a quantidade de lesões graves que vão acontecendo nos campos de futebol. Podem tentar encontrar motivos diversos, mas no essencial só um jogador pode explicar atitudes e acções sobre um jogador contrário. Chegou o tempo de reflectir sobre a dureza e a intimidação que todos defendem como fazendo parte do jogo. Nos últimos tempos e após a agressão de Taylor a Eduardo (Inglaterra); temos o impressionante atentado de Félix Musasa na África do Sul; Novo atentado de Axel Witsel sobre o polaco Wasilewski no futebol belga; e agora a lesão grave de Fabian Vargas cometida por Palacios no jogo Colômbia-Equador. Fora outros que desconheço. É preciso repensar, e desta vez, a começar pelos jogadores.






ESTÓRIAS DO DUDA GUENNES


De Duda Guennes no Meu Brasil brasileiro do jornal A Bola retirei mais esta:

"Argemiro Félix de Senna, o popular Sherlock, famoso árbitro pernambucano da década de 50 e 60, costumava mandar o jogador dar o troco sempre que reclamava da violência de um adversário. Num jogo com o América, Guaberinha, do Santa Cruz, queixou-se de uma entrada ríspida e Sherlock disse para que pegasse outro também. Guaberinha não conversou: na primeira, entrou com fé, esperança e sem caridade no primeiro que apareceu, fazendo-o rolar pelo relvado aos uivos. Imediatamente, Sherlock o expulsou: “Mas foi o senhor quem mandou”, justificou-se Guaberinha.
Mandei, mas não na minha frente. Aí é desrespeito à autoridade e isso eu não tolero”, respondeu o severo árbitro."

Com a devida vénia.
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Imagem daqui

domingo, 6 de setembro de 2009

BRASIL VENCEU NA ARGENTINA


A pressão que Maradona pretendia infiltrar na selecção brasileira resultou em duas: Espicaçou o brio dos brasileiros e instalou insegurança nos argentinos.

O Brasil assegurou a qualificação para o Mundial 2010 ao vencer na Argentina por 3-1. Um clássico desta natureza tem resultado reservado e a rivalidade faz o resto. Um Brasil pragmático e eficaz no primeiro tempo, transformou a Argentina num pesadelo com 0-2 no marcador. Demasiado Brasil em Rosário e Maradona conseguiu despertar os sentidos contrários.

No segundo tempo, com a entrada de Aguero e uma injecção patriótica, a Argentina voltou ao jogo, carregou o piano e o banquinho, contra o autocarro brasileiro. A Argentina chega ao 1-2 e quando se preparava o último assalto, Kaká exige competência a Fabiano que cumpre a tarefa com sucesso. Acabou o jogo apesar de ainda haver jogo para jogar.

Dunga, apesar da contestação diversa, manteve sempre o perfil por ele desenhado e a sua teimosia e pragmatismo conseguiram devolver ao Brasil os resultados que se exigem, independentemente das exibições que se pedem. Maradona, apesar das qualidades de futebolista e de ter uma selecção de sonho, consegue desafiar o insucesso e colocar a Argentina em posição de dependência.

Nota 1: Sou do tempo em que se definia o futebol praticado pelas selecções desta forma: Brasil: a força da técnica; Argentina: a técnica na força; Alemanha (RFA): a técnica da força e a Itália: a força na técnica. Tudo isso se esbateu porque todos jogam da mesma forma.

Nota 2: Luisão, sem ser basquetebolista foi grande.

A ESTREIA DE LIEDSON


Num jogo de extrema importância para Portugal, em que o GR Eduardo não fez qualquer defesa, em que a eficácia finalizadora não correspondeu ao jogo construído, em que ainda se discute a convocação de Liedson; o novo português do futebol nacional cumpriu a sua quota de responsabilidade. Faltou o segundo golo para a estreia ser perfeita. Liedson, não foi contratado, veio por vontade própria para atingir objectivos individuais e colectivos.

O ESPELHO DE CARLOS QUEIROZ


As coisas estão muito difíceis e Portugal vai ter de fazer 9 pontos nos próximos 3 jogos, mesmo considerando a deslocação à Hungria, jogo que tem novos cenários por consequência do empate nacional e da derrota da Hungria em casa frente à Suécia. Mesmo assim, acrescente-se que Portugal está dependente da Suécia para chegar ao segundo lugar no Grupo, que não tem como seguro o acesso aos Play-off.

Carlos Queiroz diz que a equipa está em jogo até ao final e não podia dizer outra coisa. Para além de outras coisas que disse, o que não diz, e dificilmente dirá, é que tem responsabilidade absoluta sobre o insucesso.

É indiscutível que Carlos Queiroz tem conhecimentos científicos e práticos sobre o futebol. O prof domina como poucos os planos organizativos e teóricos aplicáveis na abordagem ao futebol. Tem conhecimentos e experiência suficientes para poder "falar" de futebol e para professorar.

O problema reside na incapacidade evidente para fazer a transferência entre a teoria e a prática. Faltam carisma e discurso para transmitir e implementar ideias e para influenciar comportamentos. É um bom coordenador ou assistente, nunca um treinador principal. Basta olhar para o curriculum e ver o conteúdo.

Apesar disso, Carlos Queiroz podia ter sido mais inteligente na condução da selecção. Ao invés de dar continuidade ao plantel que esteve presente no Euro de 2008 e promover alterações graduais, preferiu introduzir alterações imediatas desculpando-se com a ausência de jogadores de referência que tinham saído em 2006 e antes (Figo, Pauleta, Rui Costa…). Com isso, promoveu experiências totalmente descabidas e desprezou o concurso de elementos que só podiam oferecer respostas imediatas. Depois de tanta "porcaria", teve o desplante de, em fase de desespero, rever posições e escolhas.

O Grupo de 2008, mesmo considerando determinados ajustamentos, merecia mais respeito e a oportunidade de reconquistar o direito de estar em nova fase final de uma competição. Carlos Queiroz decidiu por todos e decidiu mal.

sábado, 5 de setembro de 2009

OS ERROS ACUMULADOS

Portugal não conseguiu melhor que um empate a 1 golo na Dinamarca, quando se impunha uma vitória. Este jogo confirmou que Portugal tem jogadores para estar no Mundial 2010, mas não tem treinador para os levar lá.

Nas opções, inovações e alterações tácticas de CQ, a equipa portuguesa construiu jogo suficiente para ganhar, mas pecou na finalização e na eficácia. Para não ser injusto, Carlos Queiroz também jogou tudo o que podia (em fase de desespero), podendo ser discutidas as opções, da mesma forma que não tem culpa nas eficácias individuais.

Uma coisa é certa, Portugal não vai ao Mundial por ter empatado este jogo, mas por todos os erros acumulados ao longo da campanha. Não é justo fazer exigências aos jogadores para resolverem num jogo uma campanha inteira, mas é justo fazer essa exigência a Carlos Queiroz.