terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A TAÇA DA LIGA

A Carlsberg Cup lá deu mais um passo, com saudável maior envolvimento dos clubes, na medida em que apresentaram equipas competitivas (muito embora a data fosse conveniente para ritmar o descanso), numa prova que ainda carece de credibilidade e verdadeiro interesse. O processo Portimonense vs Académica foi mais um alfinete espetado na organização de uma competição que pretende ser inovadora mas à qual falta experiência.

Esta época, parece que não existe uma protecção descarada aos grandes e a competição renova motivos de interesse. No entanto, para ser mesmo importante falta oferecer um apuramento a uma prova europeia, para se aproximar da Taça de Portugal.

Nesta jornada, merecem destaque:

O Rio Ave, na esteira do que tem feito durante a época, foi vencer a Guimarães, o Vitória por 2-1. Uma excelente resposta, perante uma equipa que parecia querer levantar voo antes do tempo e que precisa de tempo, muito, para levantar voo. Isto, considerando que o Rio Ave nunca pensou em grandes voos, mas em seguros poisos.

O Benfica, na Luz, chegou a ter 72% de posse de bola e poucas ocasiões para concretizar, para depois ver discutida a sua magra vitória por 1-0 sobre o Nacional, com lances discutidos e discutíveis. Benfica de reentrada que não esteve muito longe do Benfica de fechada, embora longe do Benfica de entrada da época. Para o Benfica, não basta vencer, tem de cuidar de todos os pormenores, mas de todos… a partir de agora.

Em Alvalade, o Sporting CP continua em sofrimento, mas de tanto sofrimento, qualquer boa noticia é sintoma de melhorias. Convenhamos que o Sporting não tem equipa de Clube grande e Carvalhal só evidencia isso. Há pouco tempo atrás, ninguém se lembraria de ver Pereirinha e Saleiro como avançados (Nem os próprios jogadores) ou Miguel Veloso a médio esquerdo. Carvalhal ainda não viu que o único jogador que consegue assegurar posse de bola e mobilizar a equipa em termos ofensivos, é Miguel Veloso. Aliás, Miguel Veloso nunca marcaria aquele golo, se cumprisse as instruções integrais. Mas contam, as contas finais, e a vitória por 2-1 sobre o “fortíssimo” Sporting de Braga reduzem as possibilidades criticas.
Quanto ao Sp. Braga, fez valer o seu momento, mas não disfarçou as suas limitações. Foi muita parra e pouca uva e apenas jogou o que a insegurança do adversário permitiu. Podemos considerar que foi apenas um teste, para as suas virtudes, sem esconder o espelho das suas capacidades.

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