segunda-feira, 12 de julho de 2010

ESPANHA - 1 - HOLANDA - 0

Ao 25.º dia e último de competição, a Espanha atinge o último patamar dos históricos. Campeão Europeu e Campeão Mundial, em dois anos, consequência de um trabalho de quatro anos. O prémio de uma geração de ouro que dificilmente voltará a repetir. São ciclos, gerações ou “fornadas” que nem sempre se repetem, daí talvez o facto da Espanha ter atingido só agora tal patamar. Portugal, também teve a sua geração de ouro, mas tudo se esgota, porque não é normal aparecer tanta qualidade de uma vez só.

E o raio do polvo Paul, voltou a acertar. Será pelo amarelo?

Em antevisão, o confronto entre duas formações que gostam de tratar a bola. A Holanda na posse em construção, a Espanha na posse para guardar o jogo. Neste jogo da posse, a Espanha atingiu os primeiros objectivos, conseguiu retirar a bola do adversário, condicionou o jogo e obrigou a Holanda a arranjar alternativas. Numa outra competição, o jogo seria diferente. Mas o facto de se jogar a final de um campeonato do mundo, obrigou as equipas a defenderem utilidades e o futebol sem balizas.

Mesmo assim, ainda se descobriram oportunidades e ambas podiam ter acabado o jogo sem prolongamento. Robben teve mesmo a oportunidade de contrariar tudo. Tal como em outras finais da Laranja.

No prolongamento, o melhor futebol da “Roja” mostrou evidências. Em fase de “tudo ou nada” a Holanda fica sem um jogador (Heitinga) e Iniesta fez o resto. A Espanha sempre mais equipa, a Laranja a jogar para as penalidades e Fabregas a juntar-se a Iniesta. Mais uma vitória por 1-0 e um título merecido. Curiosamente, num jogo disputado longe das balizas, os dois GR foram elementos determinantes no resultado final.
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A Espanha vence o Mundial 2010, realizado pela primeira vez em continente africano. Waka, waka.

1 comentário:

Dylan disse...

Agora que o Mundial de futebol terminou, importa reflectir sobre o significado que este acontecimento trouxe para o marginalizado continente africano que, apesar de um certo amadorismo, abriu definitivamente as portas para a organização de eventos de grande dimensão. Venceu a melhor equipa, aquela que desenha cada jogada como de uma obra de Gaudí se tratasse. Não deixa de ser irónico que, quando se fala da emancipação independentista da Catalunha, sejam os jogadores naturais desta província espanhola a fazerem a diferença, numa comunhão com bascos, andaluzes e madrilenos. Transpondo isto para a nossa realidade social, deveríamos deixar de lado as quezílias politico-partidárias e desportivas, e por uma única vez, trabalharmos em união pelo objectivo de tirarmos o país do estado deplorável em que se encontra.