sexta-feira, 2 de julho de 2010

PORQUE NÃO TE DEMITES QUEIROZ?

Domenech já tinha sido antes de ser, Lippi reconheceu impotência, Aguirre em consciência considerou que falhou objectivos, Otto Rehhagel chegou ao fim do caminho, o Presidente da FFF finalmente demitiu-se, o Presidente da Nigéria diz que a selecção deve “ausentar-se” por 2 anos das competições, no fundo todos eles deram lugar a outros e a oportunidade de fazer melhor.

Carlos Queiroz, insiste em continuar… como seleccionador. Sempre disse que CQ como treinador é um bom adjunto e como seleccionador é um bom coordenador. No entanto, o despedimento é demasiado caro e só por isso não tem patins. Este facto devia merecer reflexão de CQ, já que permanece no cargo, não por competência mas pelos custos da dispensa. Aliás devia seguir o conselho de Luís Freitas Lobo que afirmou que se devia demitir porque este país não o merece. Será que este país merece Carlos Queiroz? Só espero que não se esteja a criar um caso idêntico ou uma repetição do que se passou e passa com a selecção francesa.

É que para além das orientações na condução do jogo e as suas decisões para alteração do mesmo, sem falar nas opções e invenções, sem falar no discurso e na cultura do medo, vamos voltar a ver CQ “mandar” Hugo Almeida encostar á esquerda e Cristiano a mudar-se para o meio sempre povoado por tanta gente para o anular. Ou seja, vamos continuar a ver o desposicionamento de jogadores… obrigados ao silêncio. Porque os ouvidos que deviam ouvir continuam surdos.

Direi sempre, Carlos Queiroz não soube, não sabe, nem saberá tirar o melhor rendimento de Ronaldo. Ronaldo precisa de espaço na construção colectiva, não de espaço para correr para nada ou de espaço nenhum em zonas de conflito ou de espaços solitários para chocar contra muralhas preparadas e instruídas para o travar.

Havia tantos outros exemplos, mas vamos continuar rumo a Euro 2012 com um sorriso de esperança, mesmo que mascarado.

2 comentários:

Dylan disse...

Penso que o sucesso da Selecção portuguesa no Mundial já estava condenado ao fracasso através de uma convocatória inicial inquinada. De facto, desde opções maioritariamente defensivas que encurtaram o poder ofensivo, passando por naturalizados birrentos em fim de carreira, juntou-se uma gritante falta de ambição. Ao nacionalismo bacoco de cerveja na mão, exacerbado com a goleada à pior selecção do Mundial e apoiado no histerismo da imprensa desportiva, acrescentou-se a vaidade do capitão, ameaçando imolar-se em ketchup! Bastou um tiro da armada invencível para afundar a nau Catrineta, pondo a nu os pecados da FPF, refém de interesses económicos e clubísticos, ou não tivesse esta perdido o estatuto de utilidade pública desportiva.

Dylan disse...
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