sexta-feira, 20 de novembro de 2009

APESAR DE CARLOS QUEIROZ


Custou bastante a perceber a mentalidade do mister, mas agora estamos fortes


Portugal está apurado para o Mundial África do Sul 2010 e ninguém deve esconder uma satisfação natural por uma causa quase perdida. Verifico agora, que toda a campanha foi um sorriso, nem fomos ao Play-off e todos são heróis sem mácula. Carlos Queiroz é intocável e só não fez melhor por causa da herança e da má imprensa. Para este festival não contem comigo.

Mantenho que Carlos Queiroz não é treinador, mas sim coordenador e na melhor das hipóteses um adjunto de qualidade. Mantenho que Carlos Queiroz sendo nomeado seleccionador nacional passava a ser o meu seleccionador, mas nunca a coberto de críticas.

Mantenho que Carlos Queiroz não adoptou a melhor estratégia para esta fase de qualificação, introduzindo experiências desnecessárias, quando podia e devia ter dado continuidade ao trabalho desenvolvido até então e gradualmente ir introduzindo as suas concepções.

Mantenho que Carlos Queiroz, perante as opções tomadas, se perdeu a meio do caminho, chegou a colocar em dúvida até as suas próprias convicções e perdeu o controlo do balneário. As desculpas das saídas de Figo, Pauleta e outros, em 2006, foram despropositadas, quando havia um grupo de 2008 completamente desprezado.

Mantenho que Carlos Queiroz, apenas reconquistou a confiança global, quando refez estratégias e recuperou a maioria do grupo de trabalho do Europeu de 2008.

Reconheço a capacidade de Carlos Queiroz em corrigir os erros cometidos e de ter apostado num discurso mobilizador, sem ter mexido muito mais num grupo que estava apostado em recuperar auto-estima.

Agora esperamos continuidade sem ares de professor.

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