sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A SELECÇÃO DE TODOS NÓS (2)

Curioso. Depois de um apuramento sofrido, as primeiras perguntas da comunicação social foram no sentido de saber se, no Mundial, Portugal seria candidato ao título. Impressionante. Depois de um Play-off em que participam os repescados, surge aquela pergunta descabida.

É conhecido que os melhores resultados da selecção portuguesa resultam quando o grau de dificuldade é maior ou extremo. Desta vez chegamos mesmo ao extremo dos Play-off, onde tudo podia acontecer. Porque há sempre dias maus no meio de dias normais ou bons.

Na caminhada desta selecção, verificaram-se demasiadas contingências. Transformações que obrigaram os jogadores a transformarem-se e até a transfigurarem-se. Registo o facto de, em determinada altura, o grupo ter cerrado fileiras e se ter auto-motivado, considerando a possibilidade de não estarem presentes na grande montra do futebol mundial. Treinador contestado, ausência de mobilização colectiva, ausência de apoio, ausência de referências, ausência de tudo, além deles próprios.

Foi mesmo preciso muita força de vontade e uma conjuntura de resultados que possibilitaram restaurar possibilidades. Na altura certa, estiveram lá. Acreditando mais do que ninguém.

Um Prémio merecido.

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