segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA DE HERMÍNIO LOUREIRO

A Antena 1 e o Record entrevistaram desta vez Hermínio Loureiro. Partilho alguns excertos:

CABEÇA QUE PENSA E OUTRA QUE TRANSMITE
Não. A Liga funciona com uma equipa jovem e coesa. Tem uma directora executiva, Andreia Couto, um secretário-geral, Tiago Craveiro, uma comissão executiva e um presidente. Quem está comigo sabe que gosto de trabalhar em equipa. Tenho também a virtude de delegar competências, mas acompanho de perto os dossiês. Tiago Craveiro já trabalha comigo há muito tempo. Se nalgum momento há maior protagonismo de outro elemento que não seja o presidente, eu até fico satisfeito.

É mais do que evidente que Hermínio tem muitas dependências e que necessita de uma retaguarda forte. Grave é a imagem de ausência de liderança.

PRESIDENTE PROFISSIONAL
Sim, pensei que fosse possível compatibilizar funções. Mas hoje com conhecimento de causa acho que não é. Temos de fazer um conjunto de alterações estatutárias e regulamentares em função do RJF, mas em primeiro lugar temos de sensibilizar os clubes para a necessidade e vantagem de ter um presidente que esteja nestas funções em full-time.

Há certas coisas que já deviam ter sido efectuadas. Esta é uma delas.

CONTINUAR NA LIGA
Não quero criar qualquer tabu. Comprometi-me com os clubes a desenvolver um mandato, com um conjunto de reformas estruturais que considerava importantes e é nisso que estou concentrado e motivado. Não estou na Liga a pensar noutro lugar. Isso que fique esclarecido de uma vez por todas. Vocês estão mortinhos para me perguntarem se não sou candidato a presidente da FPF. Respondo já: estou na Liga com todo o gosto e estou totalmente empenhado em melhorar o futebol português.

O problema do futebol, é que na política se arranjam menos inimigos.

RELACIONAMENTO COM PINTO DA COSTA
As relações não são as melhores. Não encontro razões objectivas e, como digo, a minha função e tarefa é procurar fazer o melhor para o futebol. Não estou no desempenho do cargo para satisfazer o presidente A ou B.

Manter os princípios estabelecidos é uma virtude que ninguém lhe pode tirar. A defesa e manutenção de confiança no Conselho de Disciplina, é um exemplo de mudança que deve estender a todas as áreas de intervenção. Algumas birras e pressões, são sinónimo de mudança.

ENTREGA DA TAÇA AO FC PORTO
Essa é uma matéria que está a ser tratada entre os órgãos da Liga. Não é apenas o caso do FC Porto. A directora executiva esteve recentemente em Vila do Conde a entregar o troféu de fair-play ao Rio Ave. Também falta a taça de campeão da Liga Vitalis ao Trofense e a de fair-play para o Santa Clara. Reconheço o atraso, mas há tantas outras coisas a fazer. Antigamente, essa entrega era feita em galas que já não existem. No regulamento está consagrado que deve ser entregue logo que o campeão seja conhecido, o troféu é entregue no jogo seguinte em casa. É o que vamos fazer esta época.

Estes atrasos não se compreendem em quem defende o cumprimento das normas. Cheguei a pensar que era resposta aos boicotes de Pinto da Costa.

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