sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

CABINDA CONTINUA SUFOCADA

Cabinda, é aquele enclave encravado nas teias da política, a terra de um povo que se sente estranho na sua própria terra e que de tão estranho reclama o seu povo, mas de sussurro, porque mesmo gritando, ninguém os ouve.

A 1 de Fevereiro de 1885, há 124 anos, foi assinado o Tratado de Simulambuco, pelo representante do governo português Guilherme Augusto de Brito Capello, então capitão tenente da Armada, comandante de corveta «Rainha de Portugal», comendador de Aviz Rei de Portugal e pelos príncipes, chefes e oficiais do reino de N’Goyo e colocou Cabinda sob protectorado português. O tratado foi uma resposta à Conferência de Berlim que dividiu África pelas potências europeias.
A colonização de Cabinda foi assim pacífica. Na altura, Cabinda estava separada de Angola apenas pelo rio Congo. O território só se tornou enclave após os acordos celebrados com a Bélgica, a 5 de Julho de 1913 em Bruxelas, onde foram definidas as novas fronteiras coloniais luso-belgas.

Em 1974, após a Revolução do 25 de Abril em Portugal, interesses políticos levaram Cabinda a continuar integrada a Angola, com a qual não tem fronteiras comuns. Hoje é uma das províncias de Angola, responsável por 80% das exportações angolanas. Cabinda é do tamanho do Baixo Alentejo, mas sustenta Angola que é do tamanho da Alemanha, Itália e França juntas.

Se Cabinda não fosse um país rico em petróleo e madeira, estaria esquecida e abandonada na imensidão da floresta do Maiombe.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu proponho que os PECADOS DA NAÇÃO façam um movimento através do seu blog e junto de outros blogs para que a opinião publica Portuguesa sinta o que realmente se passa junto da população de Cabinda, relembro o que a Euro Deputada Ana Gomes escreveu sobre as eleições de Angola (blog Causa Nossa). Se fomos capazes de unir Portugal em torno de Timor porque não Cabinda.

LACB