quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

SALTILLO NO COP? NÃO...

Saltillo? Não tem nada a ver. Aqui, não se discute a “vontade” dos atletas em ver melhorado os seus “prémios”. Discute-se a “vontade” dos atletas em ter um outro presidente. Mas com patrocínios.

A Comissão de Atletas Olímpicos (CAO), deu uma conferência de imprensa, para informar que está contra a continuidade de Vicente Moura na presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP).

Então e porquê?

Porque Nuno Fernandes, presidente da CAO, disse que falava “em nome da maioria” dos 77 atletas que compunham a missão olímpica, sem especificar um número exacto. “Não foi possível falar com todos antes desta conferência, mas a maioria está connosco”. Ou seja, contra a continuidade de Moura.

Qual maioria? Os que não estiveram perto dos mínimos pessoais? Ou daqueles que nem querem ouvir falar do assunto?

Porque segundo Nuno Fernandes: “Durante vários mandatos, o comandante [Vicente Moura] fez muitas coisas bem. Deu projecção ao olimpismo em Portugal, mas a mudança é necessária. Gostaríamos que o movimento associativo ouvisse os atletas e encontrasse alternativas”(…)“é tempo de dar um murro na mesa”.

Bom, o Homem sempre fez alguma coisa, mas é preciso mudar. Mudar por quem?

Porque as razões para esta tomada de posição são várias. “Fomos abandonados quando mais precisávamos de apoio” (…) “Por que razão um líder que prometeu cinco medalhas e 60 pontos, e falhou redondamente, quer continuar à frente do comité?

Prometeu? Acho que não foi bem assim, o Homem traçou objectivos pelos indicadores fornecidos pelas Federações. Um Comandante tem de traçar objectivos, caso contrário que raio de comandante é este? E a prestação de contas ao Governo? Agora, o que falhou não foram os objectivos traçados, foi o insucesso individual, ou há dúvidas? Telma Monteiro, Naide Gomes, Nelson Évora, Francis Obikwelu, Vanessa Fernandes, Gustavo Lima, João Rodrigues, João Costa, Emanuel Silva, não eram candidatos a medalhas?

Porque o relatório da participação portuguesa nos Jogos de Pequim, elaborado pelo chefe de missão, Manuel Boa de Jesus, “é demasiado optimista” e não conta tudo o que lá se passou. “É uma tentativa de branqueamento”.

Pois é, ficamos todas a saber que o Chefe de Missão, Prof. Manuel Boa de Jesus, é um pau mandado, não tem voto na matéria, nem decidiu coisa nenhuma. Acho que se deve candidatar.

Porque “Basta dos jogos de compromisso, do contorcionismo federativo e manobras de bastidores. Aceite a derrota e saia se ainda tem honra”, afirmou Fernandes, desafiando as federações que já se comprometeram a reconsiderarem o seu apoio a Moura. “Exigem-nos a excelência, temos que exigir o mesmo aos dirigentes” (...) “Não queremos acreditar que as federações seguirão a via do facilitismo, do mais do mesmo, ignorando os atletas”.

Essa é que é a verdade, a via das manobras de bastidores e do facilitismo.

Sobre Vicente Moura, diz Vanessa Fernandes “fez o melhor possível” para que todos os atletas lusos “estivessem bem” nos últimos Jogos Olímpicos.

Fugiu-te a boca para a verdade e depois tiveste que pedir desculpa. Temos curiosidade em saber, o motivo do pedido de desculpas ao atletismo. Isto, mesmo considerando que a crítica foi gratuita e não especificada.

Sobre a conferência de Imprensa diz Vicente Moura “Eu não me relaciono directamente com os atletas, relaciono-me com as federações”, acrescentando que a posição dos atletas “pode ser uma manobra eleitoral”. “Não altera em nada a minha motivação”.

Pois é, mas também não tem feito nada para fazer a diferença. Nem para se defender sabe utilizar argumentos. E tem razão, é um assalto ao poder.


No final ficamos todos a saber que, se Vicente Moura não se recandidatar, vamos ter medalhas para distribuir, porque o fracasso de Pequim 08 deveu-se à última transmissão do testemunho de Vicente Moura no COP no ultimo percurso da estafeta da sucessão.

1 comentário:

Anónimo disse...

Já devia ter calçado as Pantufas e pôr-se á lareira.Largue o Tacho