OBJECTIVAMENTE, MAIS BENFICA

Um derby será sempre um derby independentemente de tudo o que é acessório ou essencial. Nesta época, como em quase todas, o derby surgiu numa fase pouco favorável para as duas equipas. Muito porque estamos em início de época e as duas já cometeram erros suficientes para, pelo menos, o consentido para metade de uma época. Isto, se estamos a falar de candidatos ao título.

Na Luz, o Benfica jogava muito mais que o Sporting, e foi aí que residiu a diferença. Jorge Jesus alterou a forma, corrigindo as fragilidades da equipa. Não é viável desenvolver futebol ofensivo sem consistência defensiva, sem falar da dificuldade de manter modelos de jogo com jogadores diferentes e principalmente quando em condição física diversa. Tal como no jogo com o Hapoel, JJ resolveu devolver consistência e confiança ao sector recuado e explorar as transições, quando os adversários aguardam volume de jogo ofensivo, mas ineficaz e cheio de buracos na retaguarda.

Paulo Sérgio, pouco podia fazer. Ainda está em fase de implementação de métodos e conceitos e não pode promover alterações constantemente sob o risco de deitar tudo a perder. Portanto, para este jogo só podia esperar que os seus jogadores aplicassem os princípios instalados, mais a superação que os derbies sempre acrescentam. Também esperava que as individualidades contornassem as armadilhas do adversário. Daí resultou que o Sporting tivesse jogado o jogo, mas não o resultado.