segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A SORTE DOS AUDAZES

O FC Porto venceu o Nacional por 4-2, na sua deslocação à Madeira. O FC Porto entrou forte no regresso à competição. Não porque tenha feito um jogo de arrasar, mas porque nunca desistiu de arrasar com o jogo.

Mesmo considerando as armadilhas que Manuel Machado tinha preparado e as dificuldades que os jogos na Choupana sempre oferecem, a equipa de Jesualdo Ferreira foi sempre o exemplo da vontade, apesar das dúvidas momentâneas.

A equipa não regateou resultados, tentou sempre estabelecer as regras do jogo. É certo que teve a sorte do jogo, mais foi a sorte dos audazes. Daqueles que não desistem de procurar corrigir as tais armadilhas do jogo, as falhas individuais e os acasos.

Houve momentos em que o aço chegou a fundir-se, mas há sempre reportório para se encontrar soluções, mesmo descontando os erros, embora também façam parte do reportório. Há bem pouco tempo, o FC Porto tinha individualidades, mas não tinha colectivo. Ganhou confiança e foi construindo o conjunto. Agora que tem conjunto, já puxa as individualidades para processos de desbloqueamento. Isto, considerando que ainda não é uma máquina de corpo inteiro. Daquelas que engole os adversários, tritura e despeja carradas de soluções ofensivas. Ainda não, mas para lá caminha.

Assim, se constrói um campeão.

Quanto ao Nacional, primeiro atrapalhou e depois atrapalhou-se, desperdiçando a oportunidade de anular o jogo.

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