sábado, 13 de setembro de 2008

A SEGURANÇA CONTRA "NATURA"


Na Festa do Avante!, o líder do PCP contrariou o tradicional desconforto da Esquerda com as questões da segurança. Há «falta de polícias nas ruas das nossas vilas e cidades», clamou Jerónimo, exigindo ao Governo «medidas concretas que no curto prazo possam suster o avanço da criminalidade».
Os milhares de comunistas que o aplaudiram na Quinta da Atalaia ouviram até um líder solidário com «o sobressalto e a justa preocupação dos portugueses».
Para o BE, este foi um discurso «inovador» e politicamente contra natura. «O PCP colou-se escandalosamente à extrema-direita», critica o dirigente bloquista e deputado João Semedo. No entanto, a surpresa sobre o discurso será menor para quem atente no eleitorado do PCP: trabalhadores reformados dos meios urbanos e subúrbios, que sentem de perto a insegurança. A influência dos comunistas nos meios sindicais da polícia é outro factor que explica a apetência de Jerónimo pelo tema.

É por estas e por outras que eu não pertenço a “esta” esquerda. Prefiro a liberdade com segurança do que a segurança como liberdade.

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