quarta-feira, 10 de setembro de 2008

SUB-21 PELO CAMINHO

Mesmo considerando a réstia de esperança que ainda se alimentava, os sub-21 chegaram ao fim da etapa sem apuramento. Quando era preciso vencer com muitos golos e esperar, sentado, que a sorte reparasse os desvios consentidos, Portugal cede um empate a 2 golos com a Irlanda, que nem hipóteses deu á sorte de decidir. O futebol é uma caixa de surpresas, mas surpreendente é quando a atitude não acompanha a competição, no momento em que é decisivo tê-la.

Em Portugal, como provavelmente em todos os países, a selecção de sub-21 não é um escalão. É a reserva da selecção A, é a ponte de passagem para a outra margem, é o centro de estágio, é a montra de exposição, é o refúgio das promessas dispensadas. Mas não é um escalão. Não é “zona” onde se possa fazer um trabalho em profundidade, onde se possa estimular jogadores, onde se possam fazer grandes planeamentos e traçar objectivos sustentados. Nos Sub-21 tudo depende de tudo, e pode ser que alguma coisa aconteça. Assim, qualquer resultado que se possa atingir, deriva das circunstâncias e dos seus caprichos. Portanto, é preciso estar preparado para resultados destes, como para jogar uma final e correr o risco de ser campeão europeu.

Para espelhar isto, basta recordar a imagem de Rui Caçador na conferência de imprensa. O espelho da mágoa, da tristeza, da impotência, da responsabilidade, da emoção contida e da… despedida. Ninguém perdeu mais que Rui Caçador.


Nota: Disse num outro post que a Croácia já estava apurada como melhor segundo, mas não contava que lhe retirassem 6 pontos ganhos contra o Azerbaijão. Assim, os apurados são: Itália, Turquia, Inglaterra, Espanha, Suíça, Finlândia, Áustria, Sérvia, Alemanha e País de Gales (Apuramento directo); Israel, Bielorrússia, França e Dinamarca (Apurados como melhores segundos).

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