A ESCOLHA DE MOURINHO

José Mourinho tem uma tarefa elefantina em Itália. É, naturalmente um técnico “marcado”. Principalmente porque Mourinho tem a fama de estratega e resultadista e os italianos não gostam de partilhar esses predicados. Depois escolheu um clube de uma complexidade extrema. Ao longo de muitos anos (17 anos), o Inter foi um “cemitério” de treinadores e uma porta giratória de jogadores (Paulo Sousa foi um deles). Mancini, mesmo com aquele futebol horrível, foi o treinador que conseguiu arrumar a casa, estabilizar a equipa e oferecer títulos (Campeão nas últimas 3 épocas). Factos que dificultam o trabalho de “José”. Acho que Mourinho entrou no cálcio pela porta errada e na altura errada, mas…
Com um início de época com muitas limitações e com muito trabalho de adaptação, venceu o seu primeiro título em Itália, a Supertaça, nas grandes penalidades, facto que mereceu um comentário sarcástico de Totti: “Com Mourinho o futebol do Inter está muito mais organizado. São 10 atrás da linha da bola e o Ibrahimovic lá à frente…”
Agora, na primeira jornada, não foi além de um empate em Génova frente à Sampdória, com o técnico deste a mencionar que o Inter foi uma vez à baliza e marcou.