sexta-feira, 6 de março de 2009

CLUBES, DINHEIRO, JOGADORES...

Imaginemos que nada é feito, que se observa uma inércia do lado das entidades que podem agir nesta matéria (o governo, por via legislativa, ou a Liga de Futebol Profissional, através de regulamento). Nesse caso, ponderamos antecipar ainda para esta época uma paralisação dos jogadores”.
Joaquim Evangelista

Os clubes não sabem governar os próprios clubes, como podem ter o poder de governar o futebol nacional. Enquanto jogadores e árbitros não demonstrarem a sua essencialidade, nunca os dirigentes irão perceber que o futebol não depende exclusivamente deles.

"Com o novo modelo de licenciamento vai ser cada vez mais difícil a participação em competições europeias. É esse modelo que temos de transportar para a realidade nacional, com alguma tolerância, um modelo em que os clubes saibam que têm de cumprir com os orçamentos que têm" (…) “As alterações dos regulamentos de competições da Liga passam pela aprovação dos próprios clubes, esse é o problema que tem existido até agora, que eu compreendo. Mas, com a alteração do regime jurídico e com os novos estatutos da federação, o executivo federativo poderá colocar em prática determinado tipo de medidas que poderão ter efeito".
Gilberto Madaíl

Pois é, os dirigentes dos clubes não podem ser deixados sozinhos, porque senão portam-se mal. O problema é que os dirigentes pensam que são o futebol. Outro problema é pensar que outros dirigentes podem fazer diferente que os actuais, sem mudar coisa nenhuma.

"É o mesmo problema de sempre: que é viverem acima das suas capacidades. Creio que os dirigentes do futebol português estão conscientes disso e estão a procurar juntar, entre eles, soluções que tenham a ver com as competições, o financiamento das mesmas, os direitos de televisão" (…) “as regras já existem há muito e não têm surtido efeito" (…) “o Estado tem acompanhado a reflexão que os clubes estão a fazer” (…) "não tendo à partida nenhuma intervenção na matéria do futebol profissional, que é da exclusiva responsabilidades dos clubes e das SAD, mas procurará ajudá-los a encontrar soluções. É um problema que se arrasta desde sempre".
Laurentino Dias

É o problema de sempre porque ninguém se resolveu a intervir. Identificar o problema é fácil, corrigir o problema é que é mais complicado. A continuar assim, vamos alimentando o problema, deixando morrer à fome a solução. Faltam bolas onde há demasiadas bolinhas.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) teve um resultado positivo ligeiramente superior a um milhão de euros no exercício relativo à época desportiva 2007/08, fundamentalmente consequência de um forte crescimento das receitas de patrocínios. Segundo o relatório e contas da LPFP, o último exercício fechou com um lucro de 1.044.475,23 euros, um enorme crescimento por comparação com o lucro de 180.665,51 euros do ano anterior.
LPFP

Muito bem. Só dimensiona o trabalho desenvolvido por Hermínio Loureiro. No entanto, os clubes não têm dinheiro para cumprir com as suas obrigações, os árbitros têm os ordenados em dia e há jogadores com os ordenados em atraso.

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