sexta-feira, 27 de março de 2009

TREINADOR BRASILEIRO vs EUROPA

Treinador brasileiro não vence na Europa, com excepção de Portugal. Por causa de Scolari vasculhei a memória sobre treinadores brasileiros que tivessem convencido na Europa. De outros países latino-americanos encontro referências, de brasileiros muito pouco. A diferença entre o sucesso dos futebolistas e dos treinadores brasileiros é uma enormidade.

Zico (Fenerbahce da Turquia e actualmente no CSKA da Rússia) e Ricardo Gomes (Paris Saint-Germain, Bordéus e agora no Mónaco de França) são dos poucos que insistem em contornar o insucesso. Vanderlei Luxemburgo não deixou saudades no Real Madrid, Luíz Filipe Scolari começou bem, mas foi dispensado em 6 meses do Chelsea, Sebastião Lazaroni esteve uma época na Fiorentina, Carlos Alberto Parreira esteve pouco tempo no Valência, Carlos Alberto Silva não vingou no Deportivo da Corunha, Otto Glória esteve no Marselha de França e no Atlético de Madrid de Espanha, mas longe do sucesso obtido em Portugal.

Portugal, é mesmo o único país europeu onde os treinadores brasileiros têm obtido algum sucesso: Otto Glória (Benfica, Sporting, FC Porto, Belenenses e a Selecção dos Magriços, é o treinador brasileiro com mais sucesso em Portugal), Luíz Filipe Scolari (Selecção), Carlos Alberto Silva (Bicampeão no FC Porto), Dorival Knipel Yustrich (O tal que levou o FC Porto ao título 16 anos depois e que foi dispensado pelos atritos com Hernâni), Marinho Peres (V. Guimarães, Sporting, Belenenses), Paulo Autuori (Nacional, V. Guimarães, Benfica) e outros que me escapam.

A lingua, o futebol mais técnico e mais próximo do brasileiro e a menor exigência competitiva quando comparado com outros campeonatos, podem explicar alguma coisa nesta diferença de adaptação, mas não explica tudo.

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