Ainda sobre a Selecção e dentro do semanal da selecção, li o artigo de Vítor Serpa em A Bola de Sábado, relativo ao relativo interesse pela selecção. Considero o artigo oportuno, considerando o objectivo de congregar e não de desagregar. Realmente, com Scolari, o país inteiro sabia que Portugal tinha jogo, mesmo que não quisesse saber; Com Queiroz, o país já sabe que Portugal tem jogo e quem não sabe, soubesse. É a diferença entre ter a família toda envolvida no fenómeno e ter só aqueles (voláteis entre vitórias e derrotas) que ligam ao fenómeno.
Vítor Serpa revela até a preocupação de Manuel Alegre “por ver o povo distanciar-se, de novo, da selecção nacional, num desinteresse que lhe parecia perigoso e preocupante. Considerava, nessa altura, que a imprensa estava a tomar uma atitude passiva perante o que parecia ser uma inaceitável indiferença sobre a selecção. Propunha que se escrevesse algo sobre o assunto, um alerta sobre os perigos reais de uma queda de entusiasmo, acabando com um dos períodos mais bonitos da relação entre a Selecção Nacional e o povo português.”
Por mim, não precisava de ouvir Manuel Alegre para perceber isso. Já tinha dito. A comunicação social entrou muito mal nesta fase, sem projectar o essencial. Primeiro preocupou-se em desvalorizar a imagem de Scolari, depois não resistiu em fazer comparações, sem qualquer aplicação prática, para elevar as capacidades de Carlos Queiroz. Após a derrota com a Dinamarca, simplesmente desapareceu ou foi desaparecendo. Depois, Carlos Queiroz não é propriamente uma pessoa expansiva e não é requisito que o seja. A FPF é que tem de fazer o seu trabalho, mas estava mal habituada. Scolari fazia o trabalho todo e transformou-se na cara da Selecção. Assim, a FPF mudou de treinador, mas esqueceu-se de mudar a cara ou fomentar a mesma cara. Reconheço que o problema é saber como. No entanto, sempre mais vale um "Vamos ajudar Queiroz como ajudamos Scolari" do que um "Queiroz sim, Scolari não."
Como todos, espero que as famílias regressem ao futebol da selecção, com derrotas, empates e… vitórias. Para levar o cachecol, cantar o hino e sair com um sorriso.
Vítor Serpa revela até a preocupação de Manuel Alegre “por ver o povo distanciar-se, de novo, da selecção nacional, num desinteresse que lhe parecia perigoso e preocupante. Considerava, nessa altura, que a imprensa estava a tomar uma atitude passiva perante o que parecia ser uma inaceitável indiferença sobre a selecção. Propunha que se escrevesse algo sobre o assunto, um alerta sobre os perigos reais de uma queda de entusiasmo, acabando com um dos períodos mais bonitos da relação entre a Selecção Nacional e o povo português.”
Por mim, não precisava de ouvir Manuel Alegre para perceber isso. Já tinha dito. A comunicação social entrou muito mal nesta fase, sem projectar o essencial. Primeiro preocupou-se em desvalorizar a imagem de Scolari, depois não resistiu em fazer comparações, sem qualquer aplicação prática, para elevar as capacidades de Carlos Queiroz. Após a derrota com a Dinamarca, simplesmente desapareceu ou foi desaparecendo. Depois, Carlos Queiroz não é propriamente uma pessoa expansiva e não é requisito que o seja. A FPF é que tem de fazer o seu trabalho, mas estava mal habituada. Scolari fazia o trabalho todo e transformou-se na cara da Selecção. Assim, a FPF mudou de treinador, mas esqueceu-se de mudar a cara ou fomentar a mesma cara. Reconheço que o problema é saber como. No entanto, sempre mais vale um "Vamos ajudar Queiroz como ajudamos Scolari" do que um "Queiroz sim, Scolari não."
Como todos, espero que as famílias regressem ao futebol da selecção, com derrotas, empates e… vitórias. Para levar o cachecol, cantar o hino e sair com um sorriso.
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