segunda-feira, 20 de outubro de 2008

MAIS ÁRBITROS PARA ASSOBIAR

Michel Platini acredita ter encontrado a solução para os erros de arbitragem mais graves e de frequência indesejada. Descobriu e testou a utilização de 6 árbitros em campo, todos sob direcção de chefe de equipa.
Diz Platini que “a arbitragem não se altera, uma vez que é o árbitro principal que continua a decidir” e complementa dizendo “existem mais dois pares de olhos e, por exemplo, pode ver-se se a bola entra ou não na baliza”.

Depois disto apetece perguntar: Mas ainda lhe pagam para dizer isto?

A Argumentação é tão frágil que só mesmo quem não tem mais nada para fazer se pode dar ao luxo de elaborar. Parece óbvio que as estruturas do futebol, querem manter o erro na competição. Porém, não arranjam solução para o problema dos árbitros, os únicos réus nesta história. E para ajudar, dá-se-lhes mais um par de olhos, não para resolver, mas para dividir as culpas.

Depois, o chefe é que decide. Se com 2 assistentes já surgem equívocos, imaginemos com 4. E não só, já estamos a ver os conflitos que daí podem resultar, na própria equipa de arbitragem, antes, durante e depois do jogo. Da mesma forma, já estamos a imaginar a solidariedade no erro.

Depois, sempre são dois pares de olhos para ver se a bola entrou ou não. Pois, se ele se engana, não faz mal, errar é humano. Depois há o grau de segurança da informação: os árbitros vão colocar-se ao lado dos postes ou por cima da barra?

Um pouco mais de honestidade e transparência ficava bem e a gente gosta. Se o objectivo é manter a possibilidade do erro, esclareçam de forma clara e deixem-se estar quietos. Se o objectivo é arranjar forma de eliminar ou reduzir drasticamente o erro, a solução passa pela adopção de meios electrónicos, exclusivamente para avaliação dos fora-de-jogo e das grandes penalidades. O resto é pacífico.

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