terça-feira, 21 de outubro de 2008

OS GALHETEIROS DA ARESP

Temos de reconhecer que a ARESP dispõe de um loby muito forte junto das estruturas do estado. Não se esperava é que o governo se curvasse tanto perante uma associação de cerca de 25 mil associados, mas com ramificações de se lhe tirar o chapéu. A não ser que sejam migalhas…

O Ministro da Agricultura Jaime Silva, num encontro de empresários, promovido pela ARESP (Claro!), disse que concorda com as criticas à portaria que tornou obrigatório o uso de galheteiros não reutilizáveis, prometendo rever o diploma sob algumas condicionantes. Nomeadamente, a disponibilização, por parte dos restaurantes, de cartas de azeite com composição e origem. O quê?

Isto parece e é, uma promessa eleitoralista. A ver vamos como fica o conteúdo do tal diploma.

Recordo que motivou esta proibição questões relacionadas com: Asseio e higiene e riscos de contaminação (Por isso se acabaram com os açucareiros, com as manteigueiras e outras); Manipulação, adulteração e utilização indevida (por exemplo servir óleo alimentar por azeite).
Ou seja, motivos sérios que são agora ultrapassados pelos interesses de uma associação que não dispensa a “beleza” dos galheteiros de tampa. Isto, pelos vistos, sem consulta a outras associações e até mesmo à própria restauração que já encarou a realidade actual (Qual é percentagem da ARESP no mercado?).

A ARESP é aquela associação que está sempre contra tudo do qual possa retirar dividendos: É a lei do tabaco (Já desistiu?), é a lei do HACCP (Objectivo que já abandonaram por força das circunstâncias), é a lei dos galheteiros (Parece que vão conseguir uma vitoriazinha), é o comércio amovível…

Associação que também tentou anular os Direitos de Autor, e depois de todas as derrotas em tribunal, acabou por se encolher. A mesma associação que ameaçou levar a tribunal os direitos conexos da PassMusica, mas que acabou com um acordo, através de um desconto para associados, que apenas disfarça mais uma derrota.

Associação que critica os serviços de consultoria em segurança alimentar, para “vender” os seus próprios serviços de consultoria. Basta ver o programa selecção.

Esta associação quer ser um estado dentro do Estado.

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