VITÓRIA "ARRANCADA" EM GRUPO

O Sporting CP arrancou uma vitória importante na Figueira da Foz, sobre a Naval 1.º de Maio por 1-0. Importante, não pelo valor do adversário mas pelas condições em que o triunfo foi alcançado.

Se considerarmos que jogar naquele estádio não é tarefa fácil, se misturarmos o ultimo resultado dos leões e o momento menos fácil que atravessam, as lesões e as ausências, somado com mais duas expulsões e ter de enfrentar os últimos 20 minutos com 9 jogadores, conseguimos avaliar a importância deste resultado.

No essencial, Paulo Bento decidiu apresentar uma equipa de trabalho, camuflada com a inclusão de 3 avançados puros. As missões e posicionamentos repetiram-se, mas era importante consolidar o plano defensivo com a ilusão que estava a atacar o jogo. A verdade é que o Sporting, sem brilhantismos, nem virtuosismos, foi carregando o jogo, fazendo as despesas e colhendo os frutos. Convenhamos, que este era o sporting necessário para enfrentar o jogo e o momento. Isto enquanto a Naval fez que fazia e não fazia e apenas foi tirando partido de situações pontuais. Inclusivamente, desperdiçou uma grande penalidade de consequências imprevisíveis para o adversário (Atirar para o lado esquerdo de Patrício é um risco).

Na segunda parte, o jogo fica marcado pelas expulsões e pela aplicação da equipa sportinguista. Derlei e Marco Caneira repetem expulsões e colocam a equipa numa posição muito dificil. Valeu a união do grupo e o espirito de sacrificio. A Naval cresceu, foi ponderada na forma como atacou a fragilidade adversária, mas não foi eficaz nem eficiente, não foi acutilante, nem agressiva, nem objectiva. A tal ponderação que se exige, foi levada demasiado à letra (Lá foi a prenda ao Mister). O Sporting esteve melhor, fechou linhas de acesso, reagrupou-se, foi solidário e empenhado no esforço e ainda desperdiçou a melhor ocasião quando o cenário se apresentava negro.

Mais do que o resultado, é a forma como se consegue que faz elevar a auto-estima. E o Sporting precisava de uma vitória assim.